Os dias de hoje tem trazido muita angústia aos profissionais de um modo geral. Há uma sensação generalizada de que estamos sempre devendo, de que não estamos dando conta do volume de coisas que se apresentam em nosso dia a dia, que estamos com nosso conhecimento sempre defasado.
Em parte, o sentimento é real. O que os especialistas apontam é que diariamente é gerado no mundo cerca de 4,7 quintilhões de bytes. É como se cada habitante do planeta, recebesse em sua porta, 350 jornais para ler, incluindo classificados. No dia seguinte, mais 350 jornais.
O trabalho não pode ser feito da mesma forma
Nos próximos anos, a maioria das profissões passará por uma transformação fundamental. Enquanto funções serão ameaçadas pela redundância, outras crescerão rapidamente.
Os conjuntos de habilidades exigidos tanto nas ocupações tradicionais, quanto nas novas, mudarão na maioria das indústrias e transformarão como e onde as pessoas trabalham. Os locais de trabalho darão lugar a práticas de trabalho da era digital, incluindo trabalho remoto, sob demanda e horário flexível.
A mudança está testando a capacidade de absorção de instituições e indivíduos. Engana-se quem pensa que só haverá cortes. Segundo o relatório do World Economic Forum, a tecnologia resultará em um ganho total de 2 milhões de empregos em diversas funções. Rupturas tecnológicas, como a robótica e a IA, ao invés de substituir completamente as profissões, substituirão somente tarefas específicas.
Segundo Ray Kurzweil, seremos cada vez menos carne e mais máquina. O que existe hoje de IA ainda é muito limitado. Ele aponta que por volta de 2030, elas terão todo o alcance da inteligência humana. O cérebro humano não tem a capacidade de encontrar tudo que o Google encontra. Já as IA têm a possibilidade de escalar de uma forma fantástica as nossas experiências.
As máquinas já são uma extensão nossa não é de hoje.
Nós fabricamos artefatos, damos outro uso as coisas, desde que descemos das árvores. As ferramentas que criamos expandiram a nossa capacidade. A diferença é que antes elas nos davam alcance físico e hoje potencializam nossa capacidade de cognição.
E não estamos falando apenas da capacidade de resolver problemas analíticos. As máquinas hoje evoluem cada vez mais no campo da inteligência emocional. Hoje robôs já debocham, analisam sentimentos que estão escritos em um e-mail e te aconselham a pegar mais leve com seu interlocutor. E isso é muito humano.
Qual é o maior risco que sofremos?
É criarmos inteligências artificiais que criem outras inteligências, que dominem as máquinas? Ou será que é criarmos um verdadeiro excesso de algoritmos, que acabarão por deixar o processamento mais lento? Neste cenário é previsível que governos queiram criar uma espécie de “blindagem” nos seus espaços. Se antes as guerras se travavam no território físico, elas se darão no cyber espaço, mas ainda dentro dos mesmos princípios de alguns séculos atrás?
Mesmo assim você deverá estar se perguntando: um robô irá roubar o meu trabalho? Acho que não há razão para temer. O que a IA realmente faz é ampliar o que temos de melhor, nossa inteligência. Teremos que redefinir o que é ser humano. No fundo nunca paramos, sempre mudamos. E esse é apenas mais um passo na nossa evolução.
Mas, para evoluirmos nós temos muito para conversar ainda. Acompanhe o meu Facebook e meu Linkedin para continuar a receber algumas informações.