Muito além da discussão sobre o termo em si, o selfie é efetivamente um fenômeno que escancara o narcisismo de cada um. Este, quando em grau exagerado, pode se configurar como um transtorno da personalidade que acarreta obsessões e se traduz por atitudes arrogantes e pouco empáticas. No entanto, e contradizendo o poeta, Narciso muitas vezes acha muito feio o que vê no espelho.
É o espelho que mostra nossos defeitos, é quando percebemos que as feridas narcísicas não são só da humanidade, é o que confronta a nossa vaidade com a realidade. Talvez seja por isso que aceitar um feedback, muitas vezes, se torna uma auto-tarefa de difícil execução.
Encarar os nossos próprios defeitos e tentar melhorá-los é uma questão de maturidade, o que no ambiente de trabalho pode ser a chave para o sucesso.
Feedback: um problema para as organizações?
Muitos questionam a efetividade dessa ação. A questão é que na grande maioria das vezes, quando um colaborador pede um feedback, de fato o que ele quer é nutrir seu narcisismo.
A grande maioria quer um elogio e não uma visão realista da percepção do outro, sobre si. E assim, como no selfie, as vezes não é o nosso melhor ângulo a imagem que vem… Talvez por isso tenhamos tanta dificuldade em endereçar conversas difíceis.
Que tal algumas dicas sobre essa ferramenta chamada feedback? Escrevi outro texto sobre isso aqui.
Narcisicamente, queremos ser amados e adorados, tememos dizer para o outro o que não está bom, o que não agrada, pois isto, além de botar em risco a própria relação, significa a rejeição. E ser rejeitado é mergulhar no lago, nele se afogar, tal qual no mito.
Ver-se no espelho e aceitar-se requer maturidade.
Isso significa ver algo além de nosso próprio ego, é como acolher o incômodo que o espelho causa. Se alguém nos fala algo que não nos agrada, apontando alguma característica ruim em nós mesmos, é simplesmente pelo fato do outro querer nos derrubar? Por que não damos ao outro o benefício da dúvida?
Você pode não ser de um determinado modo, mas há algo na sua forma que faz com que os outros tenham essa percepção, mesmo que essa não seja a sua intenção.
O feedback melhora a relação de trabalho (ou pode melhorar)
Nada de errado com esse objetivo. Quando falamos parece justo e correto, mas não são poucas as dificuldades desse processo. As pessoas são muito complicadas para isso se resolver com uma fórmula. Realista é entender que o que faz esse processo ser melhor é estarem todos os envolvidos dispostos a mudar, e isso requer que os dois lados aprendam com o feedback.
E você, sabe receber ou dar um feedback? Acompanhe pelo Facebook mais informações sobre como lidar com situações como essa. Você também pode mandar suas dicas e sugestões pelo Messenger. Estou te esperando para bater um papo!
Este post tem 20 comentários
Sérgio Cohn
15 fev 2018Parabéns Andrea pelo blog!
Bem diagramado e conteudo interessante!
Andréa Krug
7 jun 2018Muito obrigada Sérgio!
Acir dorigo junior
26 fev 2018Muito bom. Aliás, como sempre.
Andréa Krug
7 jun 2018Obrigada Acir! Continue acompanhando e vamos trocando algumas figurinhas por aí!
Marieta Sica
23 mar 2018Excelente!!
Andréa Krug
7 jun 2018Obrigada querida.
Jorge Cunha
23 mar 2018Muito Bom!!! boas reflexões e muita realidade!!!
Andréa Krug
7 jun 2018Muito obrigada!
Cláudia Márcia Sá Martins Moura
23 mar 2018Muito Bom Andrea! O seu artigo combina conteúdo com objetividade, além de trazer a tona um tema sempre importante e atual. Parabéns!
Andréa Krug
7 jun 2018Obrigada Cláudia!
Chikao Yamamoto
24 mar 2018Muito bom. Parabéns!!
Andréa Krug
7 jun 2018Obrigada!!
Vitor Ferreira
24 mar 2018Minhas experiências com feedback, apesar de positivas, me provocam certa desconfiança sobre a efetividade do processo. A conjuntura econômica, as necessidades da área, a cultura enraizada na empresa, as aspirações individuais de cada lado e tantas outras variáveis, a meu ver impedem a realização de avaliações sinceras, construtivas, genuínas e em alguns casos justas. Em última análise, acredito que a mudança acontece de dentro para fora, ou seja, cada um é responsável por si e suas escolhas. Praticar a empatia, ouvir o dobro do que fala e compreender antes de ser compreendido são, na minha humilde opinião, alguns dos comportamentos que devemos levar para a vida e principalmente no encontro de feedback com nossos líderes e liderados.
Andréa Krug
7 jun 2018É exatamente isso Vitor! Nunca podemos esquecer que em ambos os lados, sendo líder ou liderado, estamos lidando com pessoas. A empatia é importante em qualquer situação da nossa vida, e sim, dentro do ambiente de trabalho nós lidamos com diversas variáveis que devem ser levadas em consideração. Continue acompanhando o meu conteúdo, quem sabe a gente não possa chegar a outras conclusões? Obrigada pelo comentário! Um abraço.
Alexandre Martins Jardim
24 mar 2018Muito interessante o seu post, a realidade do profissional resumida em um texto.
Parabéns!!!
Andréa Krug
7 jun 2018Obrigada Alexandre!
Fabio G. Souza
27 mar 2018“Ver-se no espelho e aceitar-se requer maturidade.”
Altruísmo e resiliência… Perfeito!!!
Parabéns!!
Andréa Krug
7 jun 2018Obrigada Fabio! Continue acompanhando o meu blog, volta e meia eu escrevo sobre como essas duas características são super importantes no ambiente de trabalho.
Sergio Henrique Dile Ferreira
27 mar 2018Andréa, Parabéns!!! Muito Sucesso!!!
Andréa Krug
7 jun 2018Muito obrigada querido!